Entenda as oportunidades do setor de energia com crise hídrica

Entenda as oportunidades do setor de energia com crise hídrica
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Com a crise energética, novas oportunidades do setor de energia surgiram desde o crescimento da GD até o aumento da procura por geradores.

Com a crise hídrica, novas oportunidades do setor de energia foram surgindo. Se antes da crise, o modelo energético mais vantajoso era o das hidrelétricas, a falta de chuvas que proporcionou a seca histórica e, consequentemente, a alta nas tarifas, fez com que outras opções começassem a ser consideradas na geração de energia.

Por esses motivos, os serviços de geração distribuída e a busca por escos cresceu tanto para clientes residenciais, passando por pequenas e médias empresas e chegando a grandes organizações e indústrias.

O mercado GD e as novas oportunidades para o setor de energia

Em 2020, o período de chuvas já apresentava alterações, que foi um indício de que 2021 poderia haver seca nos reservatórios e aumento nas tarifas, devido a entrada de termelétricas e importação de energia de outros países.

A situação se manteve difícil e, neste ano, houve uma série de aumentos tarifários que impactou os brasileiros. Em 60 meses, 40 foram de bandeira tarifária vermelha. Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a energia elétrica teve alta acumulada de quase 25% somente esse ano.

Há a crença de que a crise sempre cria oportunidades e nesse caso não foi diferente. Com a situação criada, potencializou-se os negócios de geração distribuída, energia renovável e as empresas de serviços de conservação de energia, as escos.

O principal impacto pode ser visto na Geração Distribuída. Em 2020, a modalidade tinha 4GW de potência instalada. Em dezembro de 2021, o setor atingiu 8GW, tendo um aumento de procura e adesão logo após os sucessivos aumentos da tarifa energética.

Dentro da GD, a fonte que mais cresceu, sem dúvidas foi a solar, que representa mais de 90% da produção energética nesse modelo. Os setores comerciais, agrícola, industrial e residencial passaram a buscar o modelo para fugir da insegurança quanto ao aumento dos preços. Inclusive, muitos usuários que já haviam cotado o serviço antes, fizeram adesão ao longo de 2021.

Crescimento e expectativas para o setor da GD

A GD compartilhada deverá ser um capítulo à parte nas oportunidades de negócios geradas pela crise hídrica. A modalidade permite que consumidores que não possuem capital para comprar e investir em um modelo, possam adquirir uma fração da usina, abatendo o total gerado na sua conta de luz. Além de retirar a barreira do custo inicial e aumentar a democratização, a GD também permite que mais pessoas tenham acesso a opções mais baratas e renováveis.

Com isso, cada vez mais diminui-se os custos com esse tipo de geração, permitindo que mais pessoas contratem, criando um ciclo de desenvolvimento para o setor. No momento, para o setor, o único desafio é a disponibilidade do sistema. Além do aumento da procura do mercado brasileiro, também há uma demanda global que foi impulsionada pelas recentes metas da COP 26, a concentração de disponibilidade de componentes por parte da China e o aumento nos custos de logística.

A alta nas tarifas também colocou as empresas de serviços de conservação de energia em destaque. Nesse sentido, principalmente pequenas e médias empresas, foram atrás de soluções que aumentassem o potencial da eficiência energética, maximizando o uso da energia recebida. A vantagem desses projetos desenvolvidos por esco é que eles podem ser implementados entre três a seis meses e não precisam de licenças ambientais, como os projetos de criação de usinas renováveis.

Além disso, muitos consumidores livres que antes não davam importância à eficiência energética por adquirirem o insumo em valor inferior ao do mercado regulado, agora se debruçam sobre o tema. Para saber mais sobre as oportunidades do setor de energia, leia o conteúdo sobre os recordes da geração solar.

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