Setor energético e as expectativas para 2021

Setor energético e as expectativas para 2021
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Para esse ano, a expectativa do setor energético é melhor com oportunidades de leilões, Mercado Livre e Geração Distribuída.

Sem dúvidas, 2020 foi um ano difícil. Este foi o ano em que a pandemia começou e esse novo cenário fez com que muitas áreas fossem impactadas, como comércio, setor industrial e transporte. Por isso, muitos setores tiveram forte queda de vendas/consumo e com o setor energético não foi diferente. Contudo, a descoberta da vacina e a diminuição de casos em muitos países, traz esperanças ao setor elétrico brasileiro.

O destaque de 2020 foram as usinas destinadas ao mercado livre, à geração distribuída e ao uso das fontes renováveis. Para 2021, a expectativa é de intensificação desses investimentos e um fortalecimento para a economia.

Quais as expectativas do setor energético para 2021?

A primeira expectativa para o setor é o retorno dos leilões de energia, anunciados pelo governo em 2020. Para o mercado privado, essa é uma boa área de investimentos em 2021. Além disso, a categoria de transmissão terminou o ano com um grande leilão, registrando deságio médio de 55,24% e investimentos de mais de R$ 7 bilhões.

Por isso, a expectativa é alta para a manutenção desses investimentos, com mais de R$ 3 bilhões esperados para recursos de obras de reforços autorizados. Como muitos recursos ficaram paralisados por conta da pandemia, há chances de nova alocação, principalmente na área de infraestrutura, que concentra investimentos a longo prazo.

Espera-se também que os contratos de transmissão continuem interessantes aos olhos dos investidores, atraindo mais players ao setor. Outra aposta é para o crescimento das renováveis. Mesmo com os prejuízos de 2021, a Agência Internacional de Energia prevê crescimento dessas fontes em todo mundo. A tendência é que grandes potências, como China e Estados Unidos tirem grandes projetos do papel e com o Brasil não é diferente.

Quais as fontes devem ter destaque nesse período?

Para 2021, o mercado aposta na fonte solar, especialmente para GD e o mercado livre, e há destaque também para a fonte eólica e gás natural. A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica prevê que a Geração Distribuída junto com a solar centralizada deve somar investimentos de R$ 22 bilhões. Com a possibilidade de que as regras da GD sejam atualizadas, o setor acredita que em apenas uma situação muito ruim, haja um recuo nessa área.

Desde 2012, a fonte solar já recebeu quase R$ 40 bilhões em investimentos. Embora a variação cambial possa impactar os investimentos solares, aumentando os custos de equipamentos, isso também pode tornar o país um destino de investimentos externos. O programa Mais Luz para a Amazônia, do Governo Federal, também é uma aposta para investimentos. Nos próximos anos, ele deve movimentar R$ 3 bilhões.

O mercado livre também é uma aposta interessante para a geração centralizada. Essa opção tem permitido viabilizar usinas, para a produção de dezenas de megawatts. A expectativa é que o ano seja marcado por muitas negociações entre geradores e comercializadores.

A energia eólica, atualmente, é a que mais cresce no Brasil. Embora o setor reconheça a necessidade de recalcular a rota no quesito expansão, é esperado que o mercado livre abrigue a maior parte dos investimentos da fonte. Desde 2018, o mercado livre tem aumentado a sua proporção em relação ao mercado regulado. Em 2021, o ACL deve levar vantagem.

Por fim, como houve a aprovação da nova lei do gás, o mercado está confiante em relação
ao desenvolvimento do setor. Portanto, para 2021, o setor energético prevê uma potencialização da transição energética, aumento de investimentos em energia renovável e ampliação em obras de infraestrutura.

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