O papel do GNL na matriz energética do Brasil!

O papel do GNL na Matriz Energética
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Estima-se que a oferta de GNL poderá aumentar cerca de 40% até 2030, no Brasil, chegando a 1.75 milhões de m3/dia.  Entenda melhor!  

O gás natural liquefeito (GNL) tem um papel fundamental na matriz energética brasileira. Embora o seu uso ainda seja pequeno comparada a outras fontes, as descobertas do pré-sal, os incentivos governamentais e a abertura do mercado são fatores que prometem o aumento na geração e na demanda por esses recursos. 

Com a nova lei do gás, as oportunidades de mercado para os players de GNL se tornam maiores. Com o fim do monopólio da Petrobrás, esquema tarifário baseado no mercado e política de armazenamento, a expectativa é que o mercado se desenvolva e se torne um recurso importante na matriz energética brasileira. Continue lendo o conteúdo, para entender melhor.

Qual é o papel do GNL na matriz energética brasileira? 

O setor energético brasileiro passa por uma transformação, desde a crise hídrica que assolou o país, aumentando preços e causando insegurança energética. Assim, foi preciso diversificar os recursos e encontrar opções viáveis financeiramente. 

Além desse motivo, há uma transição energética ocorrendo em todo mundo. A tendência é que as fontes de energia renováveis substituam as fontes de energia fósseis. Para esse momento de mudança e adaptação, muitos países, como o Brasil, estão investindo em gás natural, sendo ele uma fonte primária de grande disponibilidade, custo competitivo e que possui menor nível de emissão de CO2 se comparado a outros combustíveis fósseis. 

Historicamente o país tinha poucos recursos de gás, tendo que realizar importações de GNL da Bolívia para complementar a oferta doméstica e suprir o mercado nacional. Com isso, os preços não eram tão convidativos, inflacionando o valor final do insumo produzido, como é o caso do setor elétrico, em usinas termelétricas que utilizam o gás. 

Com as descobertas do pré-sal, o potencial de oferta de gás aumentou no país. De acordo com pesquisas do BRG Brasil, a geração de energia a gás natural no país pode crescer 20GW até 2040, passando de 9% para 15% na matriz energética. Assim, a commodity se consolida como uma opção viável para investimento no país. 

Qual o futuro do uso desse recurso no país?

Há uma transição no uso de combustíveis que vem ocorrendo em todo mundo. Um dos fatores é a escassez de recursos não-renováveis, bem como a preocupação com opções mais sustentáveis. No mundo inteiro, há três vezes mais reservas de gás do que de óleo. Isso mostra como a commodity é abundante, contudo, ainda mal aproveitada no país. 

As perspectivas do mercado são boas, mas essa concretização dependerá de investimentos em infraestrutura de escoamento, processamento e logística de transporte e distribuição do GNL. Em contrapartida, o mercado precisa dar sinais de demanda para utilizar todo esse recurso disponível. 

Para contribuir com o setor, o Plano Decenal de Expansão de Energia 2029 prevê que de 2020 a 2029 mais de R$ 43 bilhões serão investidos no mercado do gás. Para o mercado de GNL, será R$ 0,8 bilhão investidos em terminais de regaseificação até 2029. A longo prazo, os novos terminais podem ampliar a influência do mercado internacional de GNL, com contratos sendo negociados entre mais agentes, mais competição e menores prazos. 

Assim, podemos concluir que o GNL tem meios de ganhar destaque na matriz energética do país. O que falta ainda são investimentos destinados ao setor, que garantiria preços mais competitivos e o desenvolvimento do uso em outros mercados, além das termelétricas. Se você ainda tem dúvidas sobre esse assunto, deixe o seu comentário no post!

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