Qual o futuro do setor energético brasileiro?

Qual o futuro do setor energético brasileiro?
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O setor energético brasileiro é formado em sua maioria pela fonte hídrica, mas os investimentos apontam uma mudança no cenário.

O setor energético brasileiro possui a característica de ser predominantemente renovável, com a matriz hídrica sendo a fonte principal. Ela corresponde 60% da capacidade instalada no país, mas, nos últimos anos, os investimentos em geração eólica, solar e biomassa vem ampliando as possibilidades do setor.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) é o órgão regulador do setor elétrico. A autarquia vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME) tem o objetivo de proporcionar condições favoráveis ao mercado de energia elétrica, contribuindo para um equilíbrio entre agentes envolvidos e sociedade.

Por isso, a agência tem poder de decisão de criar normas e diretrizes para o setor elétrico no país, conceder direito de exploração de serviços de geração, transmissão, distribuição e comercialização, além de fiscalizar o fornecimento e mediar conflitos.

Para entender melhor sobre o setor energético brasileiro e conferir as perspectivas para o futuro, leia o conteúdo até o final.

Como é formado o setor elétrico do país?

O setor elétrico brasileiro foi criado para garantir a segurança do suprimento de energia elétrica, a universalização do atendimento e a modicidade tarifária. A energia é gerada por diversas fontes, denominada a matriz energética.

A matriz energética brasileira representa o conjunto de recursos energéticos utilizados no país para suprir sua demanda de energia.

Principais fontes de geração

  • Hidrelétrica: usinas hidrelétricas produzem energia a partir da força das águas. As hidrelétricas que mais geram energia no país são: Usina Hidrelétrica de Itaipu (Paraná), Usina Hidrelétrica de Belo Monte (Pará), Usina Hidrelétrica São Luiz do Tapajós (Pará), Usina Hidrelétrica de Tucuruí (Pará) e Usina Hidrelétrica de Santo Antônio (Rondônia).
  • Termoelétrica: As usinas termelétricas operam com o aquecimento de água a partir de combustíveis fósseis, como carvão, gás natural ou derivados do petróleo.
  • Energia eólica: Os parques eólicos aproveitam o potencial do vento e o transforma em energia elétrica. No país, essa fonte vem se desenvolvendo e há parques e usinas concentrados nos estados: Bahia, Maranhão, Paraíba, Ceará, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
  • Energia solar: A geração de energia solar é o aproveitamento da luz do sol, transformando-a em energia com a ajuda de painéis. A popularização dessa matriz nos últimos anos facilitou a ampliação de adesão e barateou os custos de produção de sistemas e instalação.
  • Biomassa: A biomassa já responde por quase 10% da matriz energética. Ela é toda a matéria de origem animal ou vegetal que é queimada e aproveitada na geração de energia.
  • Energia nuclear: No Brasil, existem as usinas Angra 1 e Angra 2 em funcionamento e Angra 3 está em construção. Elas geram energia a partir de elementos radioativos, como o urânio. A fonte não é renovável e requer altos investimentos de implantação.

Qual o futuro do setor energético brasileiro?

Em 2020, o Leilão de Transmissão nº 1/2020 foi um sucesso com previsão de investimentos de R$ 7,34 bilhões e com expectativa de criação de mais de 15 mil empregos diretos em nove estados: Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e São Paulo.

Além dele, os leilões geração e transmissão de energia previstos para ocorrer até 2022 preveem a geração de R$88 bilhões em investimentos. Esses dados apontam como o futuro é de recuperação para o setor. A importância das fontes renováveis está sendo ampliada e a expectativa é de que novos investimentos em infraestrutura venham do setor privado.

A estimativa do Plano Decenal de Expansão de Energia 2029 é de que o setor energético precisa de R$ 2,34 trilhões de investimentos para atingir os objetivos fixados no documento. Desse valor, quase 2 trilhões seriam aportados em segmentos do petróleo, gás natural e biocombustíveis e cerca de R$ 450 bilhões em geração e distribuição de energia e linhas de transmissão.

Portanto, podemos concluir que o futuro do setor energético é bem promissor no país, trazendo perspectivas de desenvolvimento econômico, investimentos em renováveis e aumentando a segurança energética. Se você se interessou pelo assunto e quer entender melhor sobre as possibilidades de investimento. Entre em contato conosco!

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