Entenda como funciona o Mercado Livre de Energia

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No mercado livre de energia o consumidor pode negociar diretamente com as geradoras ou comercializadoras de energia e escolher de quem vai comprar.

A liberdade para o consumidor gerir seu consumo energético não estimula só a concorrência e melhora dos serviços, como também possibilita a redução dos custos com energia elétrica.

No ambiente de contratação livre (ALC), o preço, prazo de fornecimento, quantidade e até a fonte são negociadas e estabelecidas de acordo com a necessidade de cada cliente e definidas em contrato.

Com preços mais atraentes frente à maioria das tarifas praticadas pelas distribuidoras do mercado cativo do país, o mercado livre de energia tem se mostrado, cada vez mais, uma oportunidade para a redução de custos para as empresas.

A expectativa é que este mercado continue ganhando espaço no Brasil e assuma proporções cada vez maiores entre os empresários.

Atualmente, cerca de 30% da carga do Sistema Interligado Nacional (SIN) se destina ao mercado livre.

Cerca de 80% das indústrias brasileiras já negociam a energia no Mercado Livre de Energia. Entre as principais estão setores de metalurgia e produtos de metal, seguido da química e minerais não-metais, com volume de consumo médio de 18.461 MW.

Mercado Livre de Energia: Expectativas para 2020

A expectativa do Mercado Livre de Energia para 2020 acompanha o comportamento dos últimos anos e segue em expansão.

De acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), em 2019 a livre negociação entre vendedores e consumidores movimentou R$ 134 bilhões contra R$ 127 bilhões do ano anterior e fechou o ano com um aumento de 6% no volume de operações.

No ano passado, o mercado livre foi responsável por uma economia média de 34% na conta de luz dos seus consumidores. Diante desses números as perspectivas para 2020 são ainda melhores, principalmente por conta do retorno da atividade econômica no país.

O crescimento do Mercado Livre de Energia

Desde 1998 o mercado livre de energia atua com crescimento constante e dá sinais de que irá expandir cada vez mais no país.

Atualmente apenas grandes consumidores que podem comprar energia no ambiente de contratação livre. Com essa vantagem estima-se que já foram poupados cerca de R$ 185 bilhões.

Mas uma nova proposta governamental abre oportunidades para clientes de menor consumo, que hoje são impedidos por lei de escolherem seus fornecedores.

Ao abrir o mercado livre de energia para outros patamares de consumo, a redução anual dos gastos pode chegar a R$12 bilhões ao atingir 82 milhões de unidades consumidoras a partir de 2024.

Caso aprovada, esta nova proposta atuará em diferentes fases. A primeira, em janeiro de 2021, com a entrada de consumidores com carga igual ou superior a 1.500 kW. A segunda em julho para os consumidores com carga igual ou superior a 1.000 kW e a terceira fase, em janeiro de 2022, para clientes com carga igual ou superior a 500 kW.

A integração total seria finalizada em 2024, na sua quarta fase, ao contemplar consumidores com menor consumo de energia, com carga abaixo de 500 kW.
Com isso, mais empregos serão gerados, mais fornecedores venderão energia e mais economia será possível para o consumidor.

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