Energia solar atinge 23,9 GW, passa a fonte eólica e se torna a 2ª maior fonte de energia do Brasil.
A energia solar no Brasil evoluiu de forma inimaginável nos últimos anos, com uma grande adesão na última década. No início de 2023, a fonte ultrapassou a energia eólica, que possui 23,8 GW de capacidade instalada, tornando-se a segunda fonte de energia renovável para o país, atingindo quase 24 GW, segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).
A tecnologia está presente em todos os estados brasileiros, sendo os cinco maiores, em potência instalada, respectivamente, Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso.
Além de ser uma fonte limpa e renovável, o crescimento foi impulsionado em 2022 pelo fim, em janeiro de 2023, do benefício de isenção da taxa de distribuição até 2045. A partir de agora, novos projetos serão enquadrados em novas regras, que tem o objetivo de reduzir progressivamente as isenções.
O crescimento da energia solar no Brasil
O Brasil é um país extenso com abundância de luz solar, o que torna esse tipo de geração viável para o país. A energia solar oferece numerosos benefícios, incluindo menos emissões, menos custos e uma fonte de energia 100% renovável.
Outra vantagem da fonte é o seu custo. O custo de produção tem caído ao longo dos anos. Associado aos recorrentes aumentos no custo da energia no Brasil, usuários se sentiram impulsionados a investir no modelo, pensando agora e no longo prazo.
O aumento de projetos foi tão grande em 2022, que a fonte começou o ano com 13 GW de potência instalada. Ou seja, houve um crescimento de 84% em menos de um ano. Com o novo marco, a energia solar responde, atualmente, por 11,2% da capacidade nacional. As hidrelétricas seguem sendo a principal fonte do país, produzindo 51,3% da capacidade.
Dos 23,9 GW de potência instalada da fonte solar, 16,2 GW são da geração distribuída, aquela que está instalada em telhados e pequenos terrenos e os demais 7,7 GW têm como origem as grandes usinas centralizadas. No total, são 1,5 milhão de sistemas solares conectados à rede.
O futuro da fonte energética
O setor viu o crescimento dos últimos anos com empolgação, mas, certamente, esses números vão crescer de forma mais devagar a partir de agora. A isenção na taxa de distribuição de energia até 2045 foi definida pelo Marco Legal da Geração Distribuída, mas o prazo de adesão já se encerrou.
Deputados federais tentaram estender o prazo por mais seis meses, mas a matéria não foi apreciada no Senado antes do recesso parlamentar. Críticos dizem que os subsídios devem acabar, pois viabilizam que consumidores de maior renda realizem a instalação enquanto os custos são rateados para os demais consumidores, independentemente de faixa de renda.
Para especialistas, o Brasil tem todas as características para se tornar uma potência sustentável, mas é fundamental que as políticas energéticas diminuam subsídios e incentivos de fontes fósseis e encaminhe isso para fontes limpas e renováveis.
Segundo os dados da Absolar, o setor atraiu mais de R$ 45 bilhões em investimentos em 2022, crescimento de 64% de investimento em comparação com 2021. Além dos investimentos, o setor gerou 280 mil novos empregos e chegou a um acumulado de 117 bilhões de reais em negócios gerados no setor desde 2012.
De qualquer maneira, as energias renováveis ganharam destaque nos últimos anos e os incentivos e crescimento devem aumentar, uma vez que isso também torna o país mais competitivo, fortalece a segurança energética e auxilia no atingimento das metas globais de diminuição de poluição.
Detentora da concessão de duas usinas fotovoltaicas em construção no Estado do Piauí, nos municípios de Altos e Campo Maior, totalizando 10MW de potência instalada. A Rio Poti Energia investe no desenvolvimento de projetos de geração sustentável e ambientalmente Responsável. As duas usinas no Estado do Piauí não emitem de gases poluentes e apresentam baixo custo de manutenção, agregando economia nos contratos de consumo de energia no âmbito da Parceria Público Privada. Saiba mais.
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