O futuro da energia é renovável. Veja as perspectivas para a matriz energética brasileira nas próximas décadas.
Com o sucessivo crescimento nos projetos de energia limpa no Brasil, é possível que, até 2030, cerca de 50% da matriz energética brasileira seja renovável. Somente em 2022, a capacidade de geração aumentou 8,2 GW, ficando atrás apenas de 2016, que teve um aumento de 9,5 GW.
As expectativas para 2022 eram de 7,6 GW, mas o resultado ultrapassou a meta. Os destaques foram para as energias eólica e solar, que juntas somaram 5,5 GW à matriz. Nos últimos 3 anos, a energia solar centralizada cresceu em 200% e a energia solar para a solução de geração distribuída evoluiu em 2.000%.
As fontes solar, eólica e da biomassa são as principais apostas para o futuro da energia elétrica e o Brasil consegue se sair bem em todas elas. Nos últimos anos, com a ampliação dos investimento em renováveis, as fontes atingiram recordes de projetos desenvolvidos.
Futuro da matriz energética brasileira
Segundo o estudo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o PDE 2032 relacionando energia e meio ambiente, a energia renovável deve alcançar a participação entre 45% a 50% da matriz energética nacional em 2030.
Além de fomentar investimentos nessa área, essa é a principal estratégia de mitigação de emissões de gases do efeito estufa do setor de energia. Atualmente, cerca de 37% da matriz energética brasileira é responsável por emissões de gases danosos ao meio ambiente.
O material propõe a redução de 50% das emissões até 2030 e os meios sugeridos são a ampliação de projetos de energias renováveis, como fonte eólica, solar, biomassa, além do incentivo para a fabricação e uso de veículos elétricos e híbridos, aumentando eficiência dos automóveis, para reduzir a pegada de carbono com os biocombustíveis.
Indo além de 2030, há projeções do Greenpeace, de que em 2050, o Brasil pode ter cerca de 90% da energia com origem em fontes renováveis. Nesse cenário, as hidrelétricas corresponderiam por cerca de 45%, as eólicas com 20%, a biomassa com 16% e a solar com 10%. Ou seja, o uso de fontes poluentes, como termelétricas a carvão, óleo diesel e gás poderia ser reduzido a 10% do total.
As ações desenvolvidas que possibilitam chegar lá
O Brasil produz 7,2% de toda a energia renovável mundial e a nossa matriz energética é considerada uma das mais limpas do mundo, ficando atrás apenas da China e dos Estados Unidos.
Nos últimos anos, o Governo Federal tem ampliado os investimentos e criado instrumentos para diminuir as emissões e ampliar as energias limpas. O mercado de carbono que já vem sendo desenvolvido, o RenovaBio como incentivo ao uso de biogás e biometano e o Programa Metano Zero. Além das iniciativas federais, existem os projetos estaduais que ampliam projetos importantes, como o Hub de hidrogênio verde no complexo de Pecém, no Ceará.
O setor sucroenergético é um dos que mais contribuem para a alta participação das energias renováveis de biomassa. Até 2050, estima-se que a biomassa tem um potencial energético de atingir 530 milhões de toneladas equivalente a petróleo (tep), mais que o dobro do consumo atual somando todas as fontes de energia.
O consumo de energia per capita no Brasil deve aumentar em 18% de 2019 a 2029. Por isso, com o aumento da demanda, a oferta precisa ser ampliada e o foco será dado às energias limpas. Se gostou do conteúdo, você também pode se interessar sobre o panorama geral do mercado de energia.
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