A energia solar é uma opção promissora para investimentos nos próximos anos. Entenda as perspectivas de crescimento no Brasil.
O Brasil atingiu a marca histórica de 9 GW de potência operacional em usinas fotovoltaicas de grande porte e pequenos e médios sistemas. Os dados são da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) indicando que a fonte trouxe mais de R$ 46 bilhões em investimentos e 270 mil novos empregos no país.
Para 2021, as estimativas são um acréscimo de 5,09 GW em potência instalada de energia solar fotovoltaica, representando um aumento de 68% em relação ao acumulado até o fim de 2020. O crescimento da Geração Distribuída está previsto para 90%, passando de 4,4 GE para 8,3GW e as grandes usinas devem crescer 37%, passando a gerar 4,2GW.
Quais as perspectivas para o setor?
O setor fotovoltaico pode trazer mais de R$ 139 bilhões em investimentos e gerar pelo menos 1 milhão de novos empregos até 2050. Segundo a Absolar, o crescimento decorre do avanço da energia solar via leilões para grandes centrais e aumento da adesão do modelo em residências, pequenos negócios, propriedades rurais e prédios públicos.
Com os aumentos subsequentes de energia no modelo tradicional, muitos consumidores estão pensando em migrar para a solar. Contudo, o “custo Brasil” precisa diminuir, para trazer mais competitividade para o mercado e diversificar a matriz.
Ao somar as capacidades instaladas das grandes usinas e da geração própria, a solar ocupa o sexto lugar na matriz nacional. Na autoprodução, são 5,7 GW equivalentes a mais de R$ 28 bilhões de investimentos desde 2012. Para o setor, a criação de um marco legal para a geração própria, como o proposto no Projeto de Lei nº 5.829/2019, é prioridade. Afinal, essa aprovação geraria benefícios econômicos, ambientais e sociais.
Entretanto, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) propôs a redução do valor dos créditos de energia elétrica para os consumidores. Para o setor, a mudança não é bem
A energia solar como ferramenta de transformação social no Brasil
Para além de um desenvolvimento econômico, a energia solar também é uma importante ferramenta de transformação social. Até 2045, os cálculos da Absolar apontam que a geração distribuída vai trazer benefícios líquidos de R$ 13,3 bilhões para a sociedade. Quando um usuário opta pela energia solar, por exemplo, ele traz benefícios para ele, mas a operadora também se beneficia com um alívio na rede, deixando de ter que servir a esse consumidor. Além disso, o consumidor pode estar trocando energia gerada a partir de um combustível fóssil, no caso das termelétricas, para um modelo sustentável, como a solar.
Por isso, é importante que o usuário desse modelo seja incentivado com subsídios, bem como projetos de democratização sejam criados para que a GD atinja todo tipo de consumidor. O modelo de geração compartilhada, por meio de cooperativas de energia, é uma das possíveis soluções.
Além disso, com o passar dos anos, a tendência é que a tecnologia se desenvolva e os valores necessários de investimento sejam cada vez menores, tornando o modelo mais acessível.
A energia solar fotovoltaica também é líder na geração de empregos. Os novos postos criados fomentam a economia local e levam mais renda para as regiões, como o interior e zona rural.
Portanto, para o setor, a evolução da matriz renovável no Brasil depende mais das lideranças políticas com aprovações legais e incentivos para o setor do que condições técnicas e econômicas que já estão bem desenvolvidas. Se você se interessou pelo tema e quer entender melhor sobre os investimentos na área solar, entre em contato conosco.
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