A geração de energia e a eficiência energética

A geração de energia e a eficiência energética
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Qual a relação entre eficiência energética e geração de energia? Entenda, neste conteúdo, a importância de investimentos em infraestrutura para melhoria da eficiência na geração.

A eficiência energética passou a ser tema de discussão logo após a crise do petróleo na década de 1970, quando se percebeu que as reservas fósseis não seriam baratas e abundantes para sempre. Além disso, foi nessa época também que houve uma maior conscientização sobre os danos que o uso desse tipo de combustível gerava para o meio ambiente. Com isso, foi preciso pensar em alternativas para manter a geração de energia, utilizando outras fontes e melhorando a eficiência das já utilizadas.

Assim, a eficiência energética refere-se ao melhor uso de serviço de energia, como iluminação, força motriz, aquecimento e uso em aparelhos eletroeletrônicos, com menos gasto de energia e menos danos econômicos, ambientais e sociais. Ou seja, em resumo, significa ter a mesma quantidade de energia gerada — ou até mais — com menos desperdício e melhor uso desde a geração.

Desde que a eficiência energética passou a ser discutida por governos e população, muito se fala sobre a mudança de hábito dos usuários e melhor uso dos equipamentos. Contudo, também é possível e necessário que a eficiência energética se estenda na geração e transmissão de energia.

O Programa de Eficiência Energética

O Programa de Eficiência Energética (PEE) é desenvolvido pelo Governo Federal e tem o objetivo de promover o uso eficiente da energia elétrica em todos os setores da economia. Para que isso ocorra, concessionárias e permissionárias de serviços públicos de distribuição de energia elétrica são obrigadas a aplicar anualmente um montante de sua receita líquida em pesquisa e desenvolvimento do setor elétrico.

Os projetos de eficiência energética desenvolvidos pelos agentes do setor devem demonstrar a importância e a viabilidade econômica de melhoria da eficiência energética de equipamentos, processos e usos finais de energia, estimulando o desenvolvimento de novas tecnologias e a criação de hábitos e práticas racionais de uso da energia elétrica.

Segundo dados da Aneel divulgados no 16° COBEE, somente com o Programa de Eficiência Energética (PEE), foram economizados 52 TWh entre os anos de 1998 e 2017, a um custo médio de R$ 200/MWh e com investimentos de R$ 8 bilhões.

No mesmo período, o custo médio de geração para Baixa Tensão era de R$ 436,00/MWh, enquanto o custo médio de geração para Alta Tensão era de R$ 384,00/MWh. Isso significa que o PEE, em 19 anos, conseguiu reduzir em R$ 13,3 bilhões, aproximadamente, o custo com a compra de energia gerada para atender a demanda.

A geração de energia e a melhoria energética

Com o crescimento da demanda energética ano após ano no Brasil, é preciso investir em ações de eficiência energética. Indo além das medidas que podem ser realizadas pelo consumidor, as mudanças estruturais são fundamentais para garantir a manutenção do atendimento a um preço acessível.

Para alguns especialistas, é preciso estabelecer índices mínimos de eficiência por setores da economia, utilizando essas bases como meta nacional. Mas, além disso, também é preciso ampliar os investimentos em infraestrutura de transmissão e distribuição, bem como ampliar e incentivar o acesso à Geração Distribuída.

A Geração Distribuída é cotada como uma das alternativas para melhoria da eficiência energética, uma vez que é um modelo de geração e distribuição local. Ou seja, o usuário, seja pessoa física ou jurídica, pode se tornar o produtor e consumidor da energia gerada. Com isso, há menos perdas na geração e transmissão e menos usuários utilizando o modelo tradicional.

Para exemplificar, imagine a perda de energia no processo entre uma residência na grande São Paulo que recebe energia de uma usina hidrelétrica, que está a quilômetros de distância. Agora, imagine que essa residência possui um sistema de geração solar. Ao produzir a energia, ela é aplicada na linha de transmissão da concessionária e volta para o usuário com uma perda muito menor, além do custo de produção mais baixo.

Portanto, é fundamental que o tema da eficiência energética não fique centralizado apenas no melhor uso dos equipamentos ou na importância da educação social na redução do consumo. Ao melhorar a infraestrutura, é possível realizar mudanças muito mais duradouras e eficientes. Para entender mais sobre o assunto, leia o conteúdo do blog sobre a estagnação da eficiência energética no Brasil.

A GNPW tem um expertise em desenvolver projetos vencedores, como por exemplo, a maior termelétrica da américa latina que é a UTE Porto de Sergipe.

Para isso, conta com uma equipe para localizar o melhor local do empreendimento, licenciamento ambiental, tipo de combustível para a UTE e custos gerais para construir o empreendimento.

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