ESG como meio de equilíbrio financeiro e sustentabilidade do país

ESG como meio de equilíbrio financeiro e sustentabilidade do país
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Para atingir as metas acordadas na última COP, o Brasil vai precisar encontrar equilíbrio financeiro e sustentabilidade. O ESG é uma forma de ampliar isso.

As empresas têm buscado, cada vez mais, ações voltadas ao ESG. O conceito de ESG é uma abordagem que avalia como uma corporação trabalha em prol de objetivos para o meio ambiente, sociedade e governança. Ou seja, indo além da maximização dos lucros, outros fatores são analisados, que indiretamente também influenciam na segurança financeira da companhia.

Indo além das organizações, o ESG também permeia o país. Afinal, é preciso que o governo encontre um equilíbrio financeiro para manutenção das contas, mas que não abra mão da sustentabilidade. O Brasil, por exemplo, se comprometeu com uma meta de redução de metano até 2030. Se prezar apenas pelo atingimento da meta, o país pode se endividar com investimentos além do que é possível. Por outro lado, ao manter os investimentos e tentar crescer focado em combustíveis fósseis, estará abrindo mão de manter acordos com outros países, bem como colocará todo o mundo em risco.

A solução para um equilíbrio financeiro e sustentável focando no ESG

As empresas que fornecem serviços para os consumidores são constantemente cobradas em relação às suas responsabilidades sociais. Uma pesquisa realizada pela consultoria Walk The Talk by La Maison entrevistou pessoas das classes A, B e C das cinco regiões do país para avaliar como as empresas brasileiras são percebidas a partir de seu compromisso com os princípios de ESG.

A pesquisa mostrou que 94% dos brasileiros esperam que as empresas nacionais façam algo que contemple o ESG, e veem isso como uma obrigação delas. Com um país não é diferente. O Brasil vem sendo cobrado constantemente por uma série de fatores. Primeiramente, o país é referência internacional pela Floresta Amazônica e a necessidade de cuidar e preservar a área.

Além disso, o país já investe em energia limpa e tem uma gama de oportunidades para investidores nacionais e internacionais investirem na ampliação do uso das fontes e fortalecer o ESG de suas empresas. Uma forma de ampliar isso é atraindo empresas para que haja um aumento de investimentos. Assim, a agenda ESG é uma forma de organizar, priorizar e dividir responsabilidades.

COP 27 e a dívida climática

Embora a necessidade de mudança e adaptação já esteja clara para muitos países, a necessidade de financiamento para essas mudanças torna-se um entrave. Com o aumento de eventos catastróficos ligados às mudanças climáticas, a questão é quem deve pagar essa conta. Normalmente, os países mais poluidores são as nações mais ricas e os países que mais sofrem são as nações mais pobres.

Por isso, durante a COP 27, os países tentaram entrar em um acordo para encontrar formas de arcar com perdas e danos. A proposta defendida pelo G77, o grupo de países em desenvolvimento do qual fazem parte Brasil e China, estabelece a criação de um fundo para compensar os países vulneráveis. Esse dinheiro viria das nações mais desenvolvidas.

Um exemplo nacional é o BNDES. O  Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançou durante a COP27, alguns compromissos climáticos. O banco pretende atingir a neutralidade em carbono até 2050, em todas as suas operações. As metas são abrangentes, e contabilizam todos os negócios do banco, como: carteiras direta e indireta, financiamento e investimentos. A intenção é consolidar o papel da instituição financeira como o principal agente de fomento da nova economia no país.

Se você gostou desse texto, leia mais sobre como o Brasil pode desenvolver o mercado regulado de carbono.

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