Investimentos em transição energética: entenda o crescimento!

Investimentos em transição energética: entenda o crescimento!
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Países que respondem por dois terços da população mundial somam apenas um quinto dos investimentos em transição energética. Entenda melhor!

Em 2021, os investimentos em transição energética somaram US$ 755 bilhões em todo o mundo, de acordo com uma análise da BloombergNEF. O relatório considera diversos tipos de investimentos, como fontes renováveis, armazenamento de energia, veículos elétricos, hidrogênio, energia nuclear, materiais sustentáveis e captura de carbono.

Embora os números sejam animadores e maiores que os de 2020, a transição energética mundial custará 131 trilhões de dólares em investimentos até 2050. Ou seja, o valor anual deveria ser de US$ 4,4 trilhões.

Essa conta foi feita pela Agência Internacional de Energias Renováveis (IRENA), formada por 167 países, mostrando que os valores ideais estão bem distantes dos investidos anualmente. Para que as metas climáticas e de descarbonização sejam atingidas, cada país precisa se comprometer com investimentos em renováveis.

Contudo, durante a COP26 apenas alguns fizeram promessas quantificáveis. Dentre eles, apenas China, Índia, Indonésia e União Europeia se comprometeram com um percentual específico de energias renováveis em suas matrizes.

Qual a importância dos investimentos em transição energética?

Dentro dos segmentos, o destaque de investimentos é a energia renovável, que atraiu US$ 366 bilhões no ano passado. Em seguida, o maior volume foi na mobilidade elétrica, com US$ 273 bilhões.

Atualmente, os investimentos em transição energética são fundamentais para a implementação de infraestrutura de fontes mais limpas, mas é necessário que esses valores também sejam investidos em inovação. Nas últimas décadas, já houve um grande avanço em tecnologia para o desenvolvimento energético.

Contudo, para manter o avanço, é preciso ainda mais investimento para novas soluções, como o hidrogênio verde, os automóveis elétricos, que dependem de baterias com uma vida útil maior, e soluções de captura e armazenamento de carbono. Por isso, nos próximos anos, é importante que esses aportes tenham foco em inovação, principalmente, na descarbonização dos setores industriais, que é o setor com mais dificuldade de aderir à transição energética.
Por exemplo, com a retomada econômica após a pandemia, a China bateu recordes de produção e consumo de carvão em 2021. Ou seja, segundo a Agência Internacional de Energia (IEA), há previsões de que haja um aumento do uso de energias poluentes nos próximos três anos, gerando aumento nas emissões.

Soluções para o aumento de capital investido

Uma das grandes questões é que, para que a transição seja viável, a mudança de perfil das matrizes energéticas para fontes renováveis precisa atender às demandas da população por energia acessível e confiável. A Agência Internacional de Energia (IEA) destaca que os países que mais precisam de financiamento são os subdesenvolvidos e responsáveis, em grande parte, pelo uso de fontes de combustíveis fósseis.

Assim, como alternativa para superar os desafios, é possível aumentar a capacidade de financiamento com projetos e investimentos público e privado. Essa tática representa o uso de capital público e privado para o financiamento e desenvolvimento de tecnologia específica, que estimula o setor e gera demanda.

Ou seja, é fundamental que o setor público amplie os investimentos em inovação com parcerias estratégicas e políticas de incentivo, além de reduzir riscos. Afinal, esses projetos demandam muito tempo e dinheiro e nem sempre o investidor privado terá a disponibilidade de esperar para alcançar os resultados.

Por exemplo, diversas tecnologias para reduzir a emissão dos gases do efeito estufa ainda não são competitivas e estão em estágio de desenvolvimento. Sem os devidos investimentos, corre-se o risco de serem abandonadas antes de alcançarem a escala comercial.

Portanto, há boas expectativas sobre os investimentos em transição energética nos próximos anos, mas ainda é importante que esses recursos sejam bem captados e divididos. Para saber mais sobre o assunto, leia o conteúdo crise energética e o futuro da mobilidade elétrica.

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