A COP-27 aconteceu entre os dias 6 e 18 de novembro de 2022 em Sharm El Sheikh, no Egito, e o Brasil teve participação com diversos representantes.
A Conferência das Partes da Convenção-Quadrado das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP27, é uma das mais importantes conferências internacionais sobre conservação ambiental devido à sua ampla gama de assuntos e participantes.
Anualmente, vários líderes mundiais, cientistas e ambientalistas se reúnem para apresentar suas ideias sobre a melhor forma de proteger nosso meio ambiente e, consequentemente, definir os planos em relação às ações futuras para os nossos objetivos de proteção ao meio ambiente.
A edição atual foi sediada no Egito, em Sharm el-Sheikh, entre os dias 6 e 18 de novembro. Foi uma oportunidade para os membros discutirem sobre as mudanças climáticas que estão causando maiores episódios de enchentes, secas e incêndios florestais. No encontro foram abordados temas como a mitigação dos gases de efeito estufa, o aumento da temperatura da Terra, as adaptações às mudanças do clima, compensação de países já afetados e financiamento climático a países mais pobres.
A participação do Brasil na COP 27
A COP 27 é uma oportunidade do Brasil de reconstituir o seu papel de destaque no compromisso com a agenda ambiental. Dessa vez, o país contou com três pavilhões no evento: um do governo federal, um da sociedade civil e outro dos governadores dos estados da Amazônia.
O governo federal, dessa forma, apresentou aos demais participantes o potencial do Brasil em fornecer energia verde ao restante do mundo, visto que o país já é destaque por possuir uma das matrizes mais limpas do mundo. Já o espaço destinado aos governadores da Amazônia apresentou aos demais participantes toda a grandiosidade e diversidade da floresta amazônica, por meio de realidade virtual.
Além disso, o espaço reservado à sociedade civil buscou discutir com outros membros a relevância do Brasil na transição energética e na mitigação das mudanças climáticas. De todo o modo, espera-se que o país retome seus compromissos internos e externos relacionados à agenda internacional do clima e a manutenção dos acordos firmados em outras edições, como o pacto de redução do metano.
Os biocombustíveis e a COP27
As mudanças climáticas e a crise no fornecimento de gás natural, devido à guerra na Ucrânia, escancararam a necessidade pela busca de alternativas aos combustíveis fósseis. Dessa forma, o governo brasileiro busca demonstrar o seu potencial de produção e fornecimento dos biocombustíveis ao mundo. O Brasil é o segundo maior produtor de biocombustíveis do mundo e 85% da sua energia elétrica é proveniente de fontes renováveis, o que torna o país como um dos principais agentes na transição energética mundial.
Para conseguir atingir as metas de descarbonização e redução, o Brasil precisará reduzir a emissão do metano em até 30% até 2030. Uma das maneiras propostas para atingir isso é o investimento em renováveis, como a solar e o biogás. Ao impedir que o metano entre em contato com a atmosfera, ao transformá-lo em biometano, não só diminui-se a emissão de metano como se produz energia substitutiva aos combustíveis fósseis.
Além das ações desenvolvidas e promovidas pelo governo, as empresas já estão se adiantando e optando por fontes renováveis na produção e abastecimento de veículos e indústrias.
Portanto, o Brasil tem grandes chances de desenvolver a energia verde no país nos próximos anos, principalmente, com a atratividade de investimentos. O biometano, por exemplo, é fabricado em solo nacional, a partir do lixo urbano das cidades ou de resíduos do agronegócio. Se bem aproveitado, propiciará o alcance das metas de redução das emissões, certificando o protagonismo do país no processo de transição energética global.
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