Projeção de produção líquida de gás natural cresce em 4%

Projeção de produção líquida de gás natural cresce em 4%
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Com revisão para o PDE 2032, projeção de produção líquida e bruta de gás natural aumentam. Confira.

Segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), as projeções de produção líquida de gás natural no país devem crescer 4% nos próximos dez anos, em relação ao atual Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2031.

Atualmente, o Brasil possui uma das maiores reservas de gás natural do mundo. A produção em 2021 atingiu novo recorde, com uma média de 134 milhões de metros cúbicos produzidos por dia (MMm³/d), segundo dados divulgados pela Agência Nacional de Petróleo e Gás (ANP). O valor representa um crescimento de 5% em relação a 2020, quando a produção foi de 127 MMm³/d.

O Rio de Janeiro é o principal estado produtor de gás natural e responde por mais de 60% da produção nacional. Além do Rio, os estados de Amazonas, Maranhão, Bahia, Espírito Santo e São Paulo também têm expressividade na produção do gás.

Qual a projeção de produção líquida de gás natural para os próximos 10 anos?

Por causa de seus imensos recursos naturais, o Brasil se tornou um dos principais contribuintes para a produção global de gás natural. No Plano Decenal de Expansão de Energia de 2032, houve uma revisão de alguns dados em relação ao PDE 2032. Ao todo, foram analisadas 911 UP para as Previsões da Produção do PDE 2032.

A produção líquida é aquela de fato disponível ao mercado, descontando reinjeção, queima, perdas e consumo próprio nas unidades de produção. Assim, a nova previsão é de que o volume dobre entre 2022 e 2032, com uma produção líquida de gás natural esperada para o ano de 2032 de 134 milhões de m³ por dia. Do total previsto, 87% são sustentados por recursos já descobertos, somando-se a reserva total e os recursos contingentes.

O aumento reflete o novo plano de desenvolvimento do Campo de Búzios, operado pela Petrobras, além das descobertas nos blocos AM-T-84 e PN-T-69, nas bacias do Amazonas e Parnaíba.

Do total de 12 UEPs previstas para o Campo, sete possuem capacidades produtivas superiores às estimadas no PDE 2031. Dentre essas sete UEPs, cinco delas não disponibilizarão gás natural, provocando a queda/patamar observado de 2027 a 2032.

Já a previsão da produção bruta de gás natural, que representa a produção total antes dos descontos de consumo próprio, injeção, queima e perdas, tem aumento médio de 13% em comparação com as estimativas apresentadas no PDE 2031.

A produção de petróleo, no Brasil, deve atingir o seu pico de 5,4 milhões de barris/dia em 2029 e começar a cair nos anos seguintes, até chegar a 4,9 milhões de barris/dia em 2032.
Não houve grandes alterações nos volumes projetados em relação ao PDE vigente.

Embora haja uma grande expectativa no aumento do volume de produção de gás líquido e de gás natural, é preciso que a infraestrutura de armazenamento e estocagem se desenvolva. Com a promulgação da nova Lei do Gás, o setor espera que as normas fiquem mais claras, trazendo mais interessados e mais investimentos ao setor.

Afinal, o gás natural, disponível em território nacional, pode prestar grande contribuição, ampliando a segurança energética do país. Gostou desse conteúdo? Para saber mais sobre o biogás, leia o conteúdo sobre o seu uso na aviação e no transporte marítimo.

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