Entenda as diferenças entre combustível tradicional e biocombustível

Entenda diferenças entre combustível tradicional e biocombustível
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Entenda as diferenças entre os combustíveis tradicionais e os biocombustíveis e quais vantagens do uso de fontes renováveis para a transição energética.

O uso dos biocombustíveis pelas empresas vem aumentando devido ao crescente comprometimento em se adequarem às boas práticas ESG, sigla de, em inglês, Environmental, Social and Governance, que consiste em um conjunto de práticas adotadas pelas companhias para a conservação do meio ambiente.

Além desse fator, a guerra da Ucrânia mostrou aos países europeus que a dependência do gás russo pode se tornar um grande problema, inclusive já causa bastante preocupação, para a geração de energia dessas nações. Dessa forma, tanto a geração quanto a importação de biocombustíveis aparecem como alternativa à utilização de combustíveis fósseis. E, nesse ponto, o Brasil demonstra um grande potencial na oferta dessa matéria-prima.

Veja, a seguir, o que são os biocombustíveis e quais as diferenças com o combustível tradicional.

O que são biocombustíveis?

Os biocombustíveis são produzidos a partir de substratos provenientes decorrentes de produtos agrícolas e da biomassa que, por sua vez, corresponde ao conjunto de resíduos de origem animal ou vegetal.

A partir desses materiais são realizados processos biológicos e químicos que originam substâncias capazes de liberar energia, que pode ser utilizada na locomoção de veículos, como etanol e biodiesel, e como fonte de geração de energia elétrica, como o biogás.

Além disso, a produção do biometano decorre da purificação do biogás, processo que visa remover o alto teor de carbono desse combustível, tornando-o menos poluente para o meio ambiente. Desse modo, além de ser uma fonte de energia menos danosa para a natureza, a longo prazo, pode se tornar uma opção mais barata e eficiente que as fontes vindas de petróleo e carvão, por exemplo. Por isso, as empresas estão buscando investir cada vez mais na sua extração.

Quais as diferenças entre biocombustível e combustível tradicional?

Os combustíveis fósseis são obtidos a partir da decomposição de seres vivos, cujo processo demora milhares de anos para gerar determinadas substâncias, por exemplo, o petróleo, o gás natural e o carvão mineral. A demora de sua formação, dessa forma, caracteriza-o como fontes de energia não renováveis.

Sua grande capacidade poluidora e limitação de extração são os principais fatores negativos deste tipo de combustível. Prevê-se que, diante da imensa exploração iniciada desde a Revolução Industrial, as reservas mundiais de combustíveis fósseis estão acabando e não são capazes de se renovar para acompanhar a demanda energética.

Enquanto isso, temos os biocombustíveis que são extraídos de matéria orgânica, fonte praticamente inesgotável no mundo, já que a matéria-prima é retirada de plantações, florestas, dejetos de animais e resíduos sólidos urbanos. Além de serem menos poluentes, a produção de energia a partir dos combustíveis vegetais propicia uma nova finalidade de determinados resíduos que, a princípio, seriam descartados como lixo.

Há, inclusive, no Brasil, novos incentivos fiscais nessa transição energética, como o que ocorre na exploração do biometano. A associação do setor espera investir, até 2030, 60 bilhões de reais para a produção desse combustível, a partir das linhas de créditos criadas pelo governo federal.

Portanto, entre o combustível tradicional e o biocombustível é possível dizer que com a transição energética o modelo renovável será alavancado, com desenvolvimento em tecnologia e inovação, que deve atrair novos investimentos para o setor. Saiba mais sobre a transição energética.

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