Como destaque, o PDE 2032 prevê a redução de 37% das emissões brasileiras de GEE em 2025 e de 50% em 2030, tendo 2005 como ano-base.
O Plano Decenal de Expansão de Energia 2032 indica as perspectivas da expansão do setor de energia no horizonte de dez anos (2022 – 2032) dentro de uma visão integrada para os diversos energéticos.
Segundo o documento, as maiores oportunidades ligadas à expansão energética na próxima década estão relacionadas à otimização de recursos, melhor aproveitamento de resíduos e desenvolvimento de infraestrutura com mecanismos de sustentabilidade e descarbonização na implantação de projetos.
As oportunidades segundo o PDE 2032
O caderno de Energia e Meio Ambiente aponta que a principal estratégia de mitigação de emissão de gases do efeito estufa no setor de energia acontecerá por meio da ampliação das fontes renováveis.
Os compromissos de redução de emissões firmados pelo Brasil são: atualização da Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC); compromisso global das reduções de Metano e diretrizes para uma estratégia nacional para neutralidade climática.
Com os compromissos estabelecidos, as iniciativas para atingimento em desenvolvimento são: a criação de um mercado de carbono, a promoção por parte do governo federal para uso sustentável do biogás e biometano, o programa Metano Zero e plano de Recuperação dos Reservatórios de Regularização de usinas hidrelétricas (PRR).
A principal estratégia de mitigação de emissões do setor de energia é manter elevada a participação das fontes renováveis na matriz a fim de garantir que as emissões de produção continuem baixas. Em 2021, o setor energético foi responsável por apenas 18% das emissões brasileiras.
As diretrizes para uma estratégia nacional para a neutralidade climática passam por algumas medidas. A primeira delas é alcançar a participação entre 45% e 50% de energia renovável na matriz energética brasileira em 2030.
Além disso, expandir a participação e o consumo de biocombustíveis é fundamental, fomentando o aproveitamento de energéticos de resíduos e, principalmente, reduzindo a pegada de carbono no setor de óleo e gás e de biocombustíveis. A melhor maneira é por meio do uso de resíduos sólidos derivados da agropecuária, como a vinhaça e o bagaço de cana-de-açúcar, efluentes domésticos e industriais, entre outros.
O PDE 2032, no caderno de eletromobilidade, também prevê algumas diretrizes. Uma delas é incentivar a fabricação e o uso de veículos elétricos e híbridos no país. Afinal, esse tipo de veículo é considerado o futuro do transporte. No Brasil, o mercado ainda é bem pequeno tanto em produção quanto em vendas.
Mas, segundo o documento, na próxima década a eletrificação do transporte rodoviário deve se intensificar, com licenciamento de novos veículos semileves e leves, podendo chegar a 20% de elétricos e 15% para híbridos. No ano passado, segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), as vendas de automóveis leves eletrificados – híbridos e elétricos – aumentaram 41% em comparação a 2021.
O estudo leva em consideração a demanda de consumidores associado aos compromissos ESG de grandes empresas que vem sendo mais sustentáveis ao longo dos anos. Além disso, é necessário que haja melhorias de eficiência nesse setor.
No quesito otimização de recursos e de infraestrutura, o PDE foca na hibridização das fontes com projetos já existentes, incentivando a geração solar fotovoltaica em parques eólicos e reservatórios de hidrelétricas, além do compartilhamento dos sistemas de transmissão para evitar novas obras e reduzir impactos socioambientais.
Por fim, para o setor petrolífero, há uma expectativa do aprimoramento da infraestrutura de escoamento e transporte de gás natural existente, priorizando outros produtos como o biometano, por exemplo, buscando a substituição de fósseis por renováveis, com aumento de biogás, biodiesel e outros combustíveis derivados de resíduos.
Para saber mais sobre descarbonização, leia o nosso conteúdo no blog.
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