A transição energética surge como uma estratégia fundamental, colocando o Brasil em uma posição de destaque na adoção de energias renováveis e na promoção de práticas sustentáveis.
No cenário energético brasileiro, o ano de 2023 marcou um ponto de virada histórico, caracterizado pela menor taxa de emissão de carbono na geração elétrica dos últimos onze anos. Este feito não apenas ressalta o compromisso do Brasil com as metas ambientais globais, mas também destaca a crescente influência de fontes renováveis na matriz energética nacional. Impulsionado por um modelo de geração diversificado, o país conseguiu atingir um índice surpreendente, onde 93% da eletricidade gerada provém de fontes renováveis, incluindo hidrelétricas, eólicas, solares e biomassa.
O hidrogênio verde, considerado o "combustível do futuro", está no centro das discussões sobre a transição energética global. Produzido através de fontes renováveis, como energia eólica e solar, ele não emite carbono, sendo uma alternativa aos combustíveis fósseis. Sua versatilidade o torna um insumo valioso para indústrias como fertilizantes, cimento e petroquímica, além de ser um potencial combustível para transportes marítimo e aéreo.
O Brasil assumiu a Presidência rotativa do grupo das 20 maiores economias do mundo em dezembro de 2023, com o objetivo principal de colocar em destaque a transição para fontes de energia sustentável, impulsionar reformas no modelo de governança global e intensificar os esforços na luta contra a desigualdade e a fome.
A COP28 se concentra na implementação do Acordo de Paris e nas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), com um foco especial na transição para uma economia de baixo carbono e na regulação efetiva do mercado global de carbono. A conferência deste ano é uma oportunidade crucial para revisar progressos, estabelecer novas metas e promover ações sustentáveis em diversos setores.
Em um mundo cada vez mais consciente das mudanças climáticas e dos impactos ambientais das atividades humanas, a transição para a energia limpa e sustentável tornou-se uma prioridade global. Instituições como a Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA) e o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) têm enfatizado a necessidade de uma transição energética rápida e abrangente para mitigar os efeitos das mudanças climáticas e promover o desenvolvimento sustentável.
Uma pesquisa pioneira realizada pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e o Centro de Economia Energética e Ambiental (Cenergia) da Coppe/UFRJ revelou desafios significativos na transição energética brasileira.
A descarbonização e a transição energética são fundamentais para enfrentar as mudanças climáticas. A energia solar é uma das principais alternativas para a redução das emissões de gases de efeito estufa, sendo essencial investir em políticas públicas e incentivos para acelerar essa mudança.
O hidrogênio verde é essencial para a descarbonização do setor energético brasileiro. Com um potencial significativo de produção, o Brasil investe em pesquisa e desenvolvimento desde 2002. Programas como o Programa Nacional do Hidrogênio (PNH2) visam mobilizar setores público e privado para criar um mercado competitivo. O Brasil possui vantagens naturais e precisa de políticas adequadas para manter a competitividade e criar novas oportunidades. A cooperação internacional e o desenvolvimento de tecnologias avançadas são fundamentais para o sucesso do hidrogênio verde no país.