O Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) é um documento elaborado anualmente pela EPE, trazendo perspectivas de expansão do setor de energia no horizonte de dez anos.
Qual a expectativa para o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2031? Desde janeiro de 2022, o MME voltou sua atenção para o PDE 2031, abrindo a consulta pública para o recebimento de contribuições por parte da sociedade. Ao encerrar o prazo, em fevereiro, foi registrada a participação de mais de 50 instituições.
No dia 06/04/2022, o PDE 2031 foi aprovado e lançado pelo Ministério de Minas e Energia (MME). Após os impactos econômicos causados pela pandemia, o setor de energia busca superar desafios e estimar previsões para os próximos dez anos.
Nessa nova edição do PDE, os planos foram pautados nos pilares de previsibilidade, métodos e processos para delinear perspectivas de investimentos e avanços necessários para a manutenção da segurança energética. No cenário de referência elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), as políticas atuais levarão à substituição de parte da expansão indicativa de eólicas e solares centralizadas por termelétricas com geração compulsória movidas a gás natural, carvão mineral e nuclear.
As perspectivas previstas no PDE 2031
Elaborado pelo MME com apoio da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o PDE 2031 indica as perspectivas da expansão do setor de energia no horizonte de dez anos (2022 – 2031), dentro de uma visão integrada para os diversos segmentos energéticos. No documento, reafirma-se que o Brasil mantém sua posição de liderança no contexto de transição energética, participando ativamente de ações de descarbonização, como a criação do mercado de carbono.
Atualmente, o Brasil já possui uma posição privilegiada no uso de fontes limpas e renováveis. As matrizes elétrica e energética são compostas por 85% e 47% de fontes renováveis, respectivamente. Nesta edição, o plano trouxe um capítulo completo sobre o hidrogênio, que é uma das fontes cotadas para ser uma das principais no processo de descarbonização das economias, principalmente para o setor de transportes.
Segundo o PDE, a estimativa é que quase 60% do total de expansão da capacidade instalada em 2031 seja de usinas a gás natural, carvão mineral e nuclear. Além disso, o governo indica que a participação de renováveis na matriz elétrica deve cair de 85% para 83% até 2031. Já a nuclear entrou no planejamento com a previsão de contratação de 1GW em uma nova usina.
Os investimentos previstos no Plano Decenal de Expansão de Energia 2031
Para atingir todas as metas estipuladas no PDE 2031, serão necessários investimentos da ordem de mais de 3,2 trilhões nos próximos 10 anos. Desse valor, serão R$ 2,7 trilhões relacionados a petróleo, gás natural e biocombustíveis, e quase R$ 530 bilhões a geração e transmissão de energia elétrica, com previsão de crescimento econômico estimado de 2,9% ao ano.
Segundo dados do plano decenal, a geração nuclear é a fonte com o capex mais alto na relação R$/KW, variando de R$ 22 mil a 29,4 mil/KW. Já a biomassa é a opção mais barata variando de R$ 2 mil a R$ 5,5 mil.
Para a elaboração do PDE 2031, cabe ressaltar a importância de uma atuação transparente e conjunta entre todas as instâncias dos poderes legislativo e executivo, órgãos de controle, a sociedade e as entidades privadas, que ajudaram a construir um documento completo visando ao desenvolvimento do país. E você, o que achou das perspectivas do planejamento? Deixe seu comentário no post.
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