Se a transição energética for bem desenvolvida no país, é possível transformar o Brasil em uma potência descarbonizadora do mundo neste século.
A transição energética é um assunto que se tornou tendência em muitos países. Com o avanço do aquecimento global e suas consequências, há uma necessidade urgente de migração para uma economia de baixo carbono.
Esse modelo pressupõe a mudança de um uma matriz energética predominantemente de combustíveis fósseis para uma tendência de uso de fontes intermediárias com o objetivo de alcançar o uso majoritário de fontes sustentáveis e renováveis.
Porém, vale destacar que essa mudança vai além das alterações das fontes energéticas, uma vez que a eficiência energética de toda a cadeia precisa ser revista, bem como a consciência sobre os modelos de produção e o reaproveitamento que é feito das matérias produzidas.
Qual o papel dessa mudança?
O objetivo da transição é reduzir as emissões de gases nocivos ao meio ambiente e, consequentemente, frear as mudanças climáticas, que são decorrentes desses processos. Assim, a transição energética também propõe uma mudança sistêmica, com objetivo de desenvolver a sustentabilidade e a sociedade.
Nesse sentido, a transição ultrapassa a geração de energia e começa a fazer parte de outros setores desde o início da produção, passando pelo consumo até o reaproveitamento, com a gestão de resíduos, por exemplo.
Para que esse processo ocorra, é preciso implementar e investir em algumas ações, chamados de 3Ds da transição energética. O que está no centro do tema é a descarbonização da matriz, que envolve a substituição das fontes poluidoras por opções com menores emissões ou nulas.
Mas, além disso, a descentralização e a digitalização também possuem relevância. A descentralização ajuda no fornecimento de energia, tirando de grandes centros ou setores a posse de todo o processo.
No Brasil, a geração distribuída é um exemplo disso. Nos últimos anos, houve um aumento de empresas e casas que passaram a produzir a própria energia — os prosumidores — fruto da descentralização. Ao aproximar essa produção do consumidor, reduz-se os custos e as perdas associadas ao transporte.
A digitalização já permeia outros setores e precisa alcançar o setor de energia para que os processos se tornem mais rápidos e eficientes. Assim, implementar o uso de redes inteligentes, blockchain, internet das coisas e big data favorecem a automatização impactando no consumo energético.
A transição energética no Brasil
Enquanto no mundo a geração de energia é concentrada em fontes fósseis, sendo responsável por 25% das emissões, no Brasil esse percentual é inferior a 3%. Ou seja, as matrizes utilizadas são renováveis e possuem baixa emissão de carbono.
Mas aqui, para além dos 3Ds, outros 2Ds são importantes: o desenho de mercado e a democratização de acesso. Com um bom desenho de mercado, é possível ampliar as negociações, trazendo novos investimentos e mais competitividade, com benefícios para todos os envolvidos. Além disso, é fundamental que os setores elétrico e de gás natural sejam modernizados e esse ponto pode favorecer isso.
Por fim, a desigualdade ainda impossibilita que parte da população tenha acesso à energia com qualidade e preço acessível. Ou seja, a transição energética também tem papel de ser justa e inclusiva, com objetivo de melhoria da qualidade de vida de grupos mais vulneráveis. Por isso, nem sempre é possível equilibrar o sistema e aumentar o acesso à energia somente com fontes renováveis. Muitas vezes, é preciso um combustível intermediário, como o gás natural.
Atualmente, o grande desafio do país está em aproveitar sua diversidade de recursos para promover segurança energética, ambiental e econômica. No quesito de melhora de eficiência energética, há uma oferta de R$ 400 milhões em mecanismos financeiros voltados para a eficiência energética. Por outro lado, o Brasil utiliza menos de 30% de seu potencial de eficiência energética.
Assim, além das mudanças na geração de energia, a transição energética do Brasil também passa por mudanças nas áreas de transporte, uso do solo e aproveitamento de resíduos, com destaque para as possibilidades que o biogás gera. Se você ainda tem alguma dúvida sobre o assunto, entre em contato conosco.
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