A Geração Distribuída no Brasil cresceu nos últimos 10 anos. Entenda a importância da matriz solar para esse desenvolvimento e os investimentos previstos.
A Geração Distribuída (GD) no Brasil foi normatizada por meio da Resolução Normativa ANEEL nº 482/2012 e de lá para cá o modelo cresceu no país. Em 2021, a GD alcançou a marca de 5 GW de capacidade instalada. Além disso, segundo a Associação Brasileira de Geração Distribuídas (ABGD) outros marcos acompanham o avanço, como 400 mil conexões instaladas e 500 mil unidades consumidoras utilizando esse modelo.
Atualmente, a maioria das conexões está voltada para o consumo de residências (48%), seguidos por estabelecimentos comerciais (38%), unidades rurais (14%), indústria (1%) e serviço público (1%). A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) prevê investimentos privados de R$ 22,6 bilhões, em 2021, na Geração Distribuída e na Geração Centralizada.
As principais matrizes utilizadas na Geração Distribuída no Brasil
A Geração Distribuída cresceu nos últimos anos, pois o consumidor percebeu que é uma forma de reduzir despesas. No país, o ranking estadual é liderado por Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul. Esse modelo traz autonomia e segurança, seja para área comercial, industrial ou residencial. Além disso, os usuários da GD não ficam à mercê de bandeiras amarelas ou vermelhas das distribuidoras de energia.
No Brasil, a matriz mais utilizada na Geração Distribuída (GD) é a energia solar. A fonte solar é renovável e limpa, sendo bastante competitiva e uma boa alavanca para o desenvolvimento econômico, social e ambiental. Essa matriz já gerou mais de 260 mil empregos no país, mais de R$ 12 bilhões em arrecadação de tributos e 9,5 toneladas de CO2 que deixaram de ser emitidas. Estima-se que, em 2024, haverá mais de 800 mil sistemas de energia solar conectados à rede no território brasileiro.
Grande parte da Geração Distribuída do Brasil utiliza a energia solar como matriz. Contudo, a biomassa é uma fonte renovável que vem sendo explorada, pois possui um grande potencial. O país destaca-se mundialmente por sua produção agropecuária, assim, produz uma grande quantidade de biomassa. A biomassa é uma fonte que gera combustíveis sólidos, líquidos ou gasosos que podem ser utilizados tanto para a geração de energia quanto em outras cadeias de produção.
Quais os impactos na GD com a mudança da legislação no setor?
A Geração Distribuída, além de favorecer o consumidor, traz benefícios ao sistema elétrico e diversifica a matriz energética do país. Mas, embora o modelo venha crescendo e apresentando adesão no país, há uma proposta de revisão à Resolução Normativa 482/2012 pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A mudança prevê a redução em mais de 60% de economia do cidadão que investe na geração de sua própria energia elétrica limpa e renovável. A expectativa do setor é que o PL 5829/2019 seja aprovado antes da mudança da norma.
O projeto chamado de marco legal da energia solar prevê que os minis e microgeradores instalados tenham 50% ou 100% de desconto em encargos e tarifas. Assim, terá 100% de desconto para os que solicitarem acesso às distribuidoras de energia e 50% de desconto para os demais. Há uma expectativa de criação de empregos com esse novo projeto, chegando a 1 milhão de novos empregos e R$ 139 bilhões investidos no Brasil até 2050. O projeto segue tramitando na Câmara dos Deputados.
Por fim, concluímos que os investimentos na Geração Distribuída no Brasil estão extremamente associados às normas legais. Tanto as empresas quanto consumidores têm demonstrado interesse nesse tipo de modelo, mas é preciso que as leis continuem prezando pela acessibilidade e facilitando financiamentos de adesão.
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